internet limitada

Internet fixa limitada? #InternetJusta

E aí pessoal.  Ultimamente se fala muito da intenção de algumas operadoras de tornarem a nossa internet fixa limitada, ou seja, a sua internet residencial ou comercial será limitada através de franquia, com  planos de pacote de dados igualmente o que já ocorre com os celulares.

O assunto veio a ganhar destaque depois que a Vivo começou a mudar seus contratos este ano, e já deixou claro que em 2017 seus novos clientes irão ter a internet cortada em caso de ultrapassarem a franquia, sendo assim necessário comprar novos pacotes adicionais.  A NET/Claro e OI já tem previstos em seus contratos a cobrança por franquia, mas não praticam a redução pois necessitam adequar algumas normas antes de limitarem a internet.

São elas:
– Dispor de ferramentas para que os clientes visualizem o tráfego de dados consumidos.
– O cliente deve ser avisado com antecedência, quando estiver chegando ao fim dos dados máximos de sua franquia.

Convenhamos que são opções relativamente simples das operadoras desenvolverem e implantar.

Não quero aqui discutir a franquia é ilegal ou não no modelo de internet fixa limitada. Até mesmo por que em outros países como nos EUA existem planos com franquias. A questão a ser discutida é sobre os planos de franquia que estão sendo disponibilizados se são justos ou não.

Nos novos moldes, além da velocidade, estaremos pagando também pela quantidade de dados que podemos baixar. É aí que está o problema, os pacotes de dados “acessíveis” são especialmente ridículos em relação ao tamanho de dados que poderemos consumir.

Um plano popular onde a grande massa de brasileiros utiliza, que é o de 2 Mbps de velocidade terá apenas 10Gb de pacote de dados. Pra você ter ideia, um filme no Netflix consome em média 3Gb. Desta forma para quem possuir tal plano,  assistir vídeos no Youtube e Netflix, jogar games online, tornarão-se atividades totalmente limitadas. Este impacto não será apenas na questão de entretenimento, imagine pequenas empresas que necessitam da internet para suas operações, ou estudantes de ensino online que necessitam consumir vídeos para suas aulas.

As operadoras batem na tecla, que o consumidor que é heavy user acaba elevando o valor da internet para aqueles que consomem pouco. A pergunta é? Com este modelo a internet vai ser mais barata a estes consumidores mais leves? Eu respondo que não, de forma alguma o consumidor esta sendo beneficiado. As únicas beneficiadas estão sendo as operadoras que encontraram uma forma de elevar seus lucros, pois estão forçando os consumidores a realizarem upgrades em seus planos devido aos ridículos planos de dados impostos, além de limitar o uso da internet, voltando às atenções para seus serviços de TV por assinatura.  Afinal, não é muita coincidência apenas operadoras que tem TV por assinatura estarem adotando este plano de limitar nossa internet?

E o que podemos fazer?

Se sua internet tornar-se limitada ou for cortada, procure alternativas. A Live TIM e várias operadoras regionais já manifestaram que continuarão a oferecer internet sem franquia. Infelizmente sei que em vários locais do Brasil não existe esta opção, há até mesmo um monopólio. O site Avaaz.org está organizando uma petição da comunidade que já está em quase 2 milhões de assinaturas. Sinceramente não sei a petição pode dar em algo, mas acho importante manifestarmos nossa indignação,  mostrar que milhões de pessoas estão contra esta prática abusiva e que estamos cientes do que esta mudança irá nos afetar.